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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

AS CINCO VANGUARDAS EUROPEIAS

Vanguardas Européias

Dentre as vanguardas européias, estudamo-as da seguinte forma:

Futurista:

  • Higiene do mundo
  • movimento
  • Poesia  
     - substantivos
    - Frases nominais
     -Caótica
    - Sem pontuação
    -Imagem em movimento

    -Como o próprio nome já diz, o Futurismo é a vanguarda européia com temática futurista, como a exaltação da tecnologia, da máquina, da indústria em geral.-Os manifestos traziam rompimento com a norma culta, com a gramática tradicional e apresentava versos livres e linguagem sem apego a normas.-As idéias futuristas chegaram ao Brasil através do escritor Oswald de Andrade em sua viagem à Europa. Contudo, Andrade teve contato com o Futurismo antes da adesão de Marinetti, principal divulgador dessa vanguarda, à ideologia fascista. Oswald é, portanto, o escritor responsável pela introdução do ideário futurista no Brasil, porém, com uma denotação mais suave do que o original europeu. 

Cubismo:

  • Realidade Fragmentada
  • Geometrização



- A pintura cubista destaca as formas geométricas como meio de expressão: cones, cilindros, esferas, pirâmide, prismas. Os formatos embasados na matemática geométrica possibilitam ao espectador a visualização espacial da imagem, ou seja, o objeto pode ser visto por ângulos diferentes.
-A literatura no Cubismo também retratou a fragmentação e a geometrização da realidade por meio da linguagem: as palavras são soltas e são dispostas no papel a fim de conceber uma imagem. -No Brasil, o Cubismo exerceu influência na década de 20 com Oswald de Andrade e na década de 60 com o Concretismo.

Dadaismo:
  • Improviso 
-O Dadaísmo surge em meio à guerra, em 1916, do encontro de um grupo de refugiados (escritores e artistas plásticos) com o intuito de fazer algo significativo que chocasse a burguesia da época.
-Este movimento é o reflexo da perspectiva diante das conseqüências emocionais trazidas pela Primeira Guerra Mundial: o sentimento de revolta, de agressividade, de indignação, de instabilidade. 
-A literatura tem como características: a agressividade verbalizada, a desordem das palavras, a incoerência, a banalização da rima, da lógica, do raciocínio. Faz uso do nonsense, ou seja, da falta de sentido da linguagem, as palavras são dispostas conforme surgem no pensamento, a fim de ridicularizar o tradicionalismo.





Expressionismo: 

-O Expressionismo surge em 1910, na Alemanha, como um modo de contradizer a maneira da arte impressionista expressar a realidade, a qual valorizava a pintura com traços e efeitos da luz do sol sob a imagem e a valorização das cores obtidas através da exposição solar. 
-As pinturas de Van Gogh foram precursoras deste movimento de expressão nítida da visão do artista ao perceber uma realidade. A exteriorização de sua reflexão refletida no seu modo peculiar do uso das cores foi fonte de inspirações para os pintores expressionistas alemães e austríacos, e até mesmo aos artistas do século XX, como Jackson Pollock. 




Surrealismo: 

- Surrealismo surgiu na França, após a Primeira Guerra Mundial, em 1924, quando o Manifesto do Surrealismo  foipublicado por André Breton, ex-integrante dos ideais do Dadaísmo. O manifesto trazia intrínseco concepções freudianas, ligadas à psicanálise e ao subconsciente
Alguns pintores também aderiram ao Surrealismo, como Salvador Dalí e René Magritte.
-De acordo com os artistas surrealistas, a arte deve fluir a partir do inconsciente, sem qualquer controle da razão, o pensamento deve acontecer e ser expressado livre de qualquer influência exterior ou lógica. Está presente nas obras surrealistas: a fantasia, o devaneio e a loucura. 
-As obras literárias seguiam o procedimento de que as palavras deveriam ser escritas conforme viessem ao pensamento, sem seguir nenhuma estrutura coerente. 


BARROCO



> Padre Antônio Vieira (1608 - 1697)

BARROCO
"O termo Barroco denomina genericamente as várias manifestações artísticas que marcaram o séc. XVII e o início do séc. XVIII." (Terra, p.376)
O Barroco em Portugal inicia-se em 1580 com a Unificação da Península Ibérica, resultando na influência espanhola em todas as atividades, daí o nome Escola Espanhola, como ficou conhecido o barooco lusitano, estendendo-se até 1756.
No Brasil, o Barroco aparece em 1601, coma publicação do poema "Prosopopéia", de Bento Teixeira (poema épico que denota a influência da poesia camoniana).
Existem duas manifestações do Barroco no Brasil-colônia: O Barroco literário e arquitetônico da Bahia do séc. XVII, e o Barroco mineiro do séc. XVIII, que marcou com produção musical e belas obras de arquitetura e escultura, com destaque para o gênio de Aleijadinho. o "Profeta Daniel", de Aleijadinho, na Igreja Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas do Campo (MG), 1995.(ver imagem acima).
* Características
> A mais marcante é a tentativa de unir os valores medievais, revitalizados pela Contrareforma, aos valores da cultura greco-latina, resgatados pelo movimento renascentista. O homem barroco é angustiado, dividido entre santos católicos e deuses pagãos, entre a matéria e o espírito, o pecado  e o perdão; isto é, refletem um dualismo, um jogo de contrastes.
> Os textos literários são enriquecidos pelo jogo de palavras, figuras de linguagem (metáfora, antítise, hipérbole, alegoria, inversões) os dois sonetos líricos de Gregório de Matos:
         "Anjo no nome. Angélica na cara!
            Isso é ser flor, e anjo juntamente:
            Ser Angélica flor, e anjo florente,
            Em quem, senão em vós, se uniformara":

           "Ardor em firme coração nascido:
             Pranto por belos olhos derramados;
             Incêncio em mares de água disfarçados;
             Rio de neve em fogo convertido."

* Estilos
> Cultismo: linguagem rebuscada, culta, extravagante; valorização do pormenor mediante jogo de palavras, com influência do poeta espanhol Luís de Gongora.
> Conceptismo: Jogo de idéias,de conceitos, seguindo um raciocínio lógico, uso de retórica aprimorada.
Produção Literária



> Gregório de Matos(1623 - 1696)
Natural da Bahia, é considerado o primeiro poeta brasileiro, conhecido como poeta satírico - daí  o apelido Boca do Inferno - também praticou a poesia religiosa e a lírica. Adepto do cultismo, sua obra é marcada por jogos de palavras e uso de figuras de linguagem, como a metáfora e antítese.
Em suas sátiras, Gregório ridiculariza o brasileiro que trabalha para sustentar o colonizador. Na poesia lírica e religiosa, manifesta um certo idealismo renascentista, um conflito gerado pela necessidade de viver a vida mundana ao mesmo tempo em que busca a pureza da fé, com esperança de alcançar a vida eterna
Em 1923 e 1933, a Academia Brasileira de Letras publicou seis volumes: I. Poesia Sacra; II.Poesia Lírica; III. Poesia Graciosa; IV e V. Poesia Satírica e VI. Últimas.

Pe.Antonio Vieira (1608-1697)                                      
Nasceu em Lisboa, e, ainda criança, veio para a Bahia. Entra na Companhia de Jesus e ordena-se padre em 1634. Após a restauração, movimento pelo qual Portugal liberta-se do domínio espanhol em 1640, retorna à trerra natal.
Vieira defendia o Capitalismo judaico, os novos cristãos, a criação de um monopólio mercantil no Maranhão e os índios. Essas posições, em destaque a defesa dos cristãos-novos, renderam-lhe uma condenação pela Inquisição (ficou dois anos preso)
Sua obra divide-se em três profecias; aproximadamente 500 cartas sobre o relacionamento entre Portugal e Holanda; a Inquisição e atuação dos jesuítas na colônia e cerca de 200 sermões, o melhor da obra de Vieira.  De estilo conceptista, ele joga com as idéias e os conceitos, seguindo um raciocínio lógico.
Seus principais sermões são:
."Sermão da Sexagésima", pregado na Capela Real de Lisboa em 1655, também conhecido como "A palavra de Deus".
."Sermão pelo bom sucesso das armas de Portugal contra as de Holanda", pregado na Igreja de Nossa Senhora da Ajuda, Bahia em 1640.
."Sermão de Santo Antônio", pregado em São Luís(MA), em 1654.
(resumo do livro "Português - de olho no mundo do trabalho. p. 374 a 380)

Mensagem: Ela é assim...

Ela é assim...
Uma mulher cristã, adoradora fiel ao Senhor, de todo o seu coração;
Que também ama a todos os seus, sempre estendendo a mão.
Ela é assim...
Tão simples, tão prudente, tão sincera; tornando-a aos nossos olhos, tão importante e bela.
Ela é assim...
Corpo franzino e elegante, porém frágil, abatido pelo tempo, resumindo, pequena fisiologicamente; mas foi escolhida por Deus para ser mãe, avó, bisavó, dando exemplo de amor, dignidade, generosidade, resumindo, grande emocionalmente.
Ela é assim...
Sempre marca presença nas festas, nos dízimos, nos cultos, com grande emoção; também encontra-se sempre presente, auxiliando-nos com sua oração, alegrando nosso coração.
                                                                                                                                                                    
                                                                        Homenagem à minha querida sogra,Sra. Maria Cordoviil, em seu aniversário em agosto de 2012.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Desenvolvimento Sustentável

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: A urgente conquista deste sonho

        Entende-se por sustentabilidade o processo que entrelaça economia, política, educação, tecnologia, biodiversidade e social em favor do bem de todos, ou seja, em busca da paz, harmonia, qualidade de vida e prosperidade de uma sociedade.

           O ser humano, na busca quase irracional por riqueza e poder, unindo-se ao seu egoísmo, diretamente ou indiretamente, tem destruído o planeta, com suas indústrias, jogando no ar gases poluentes; desmatamentos pelas madeireiras e pecuaristas. O lixo não tratado e não reciclado é o mais triste: a sociedade totalmente leiga e cega a essa causa. Mas o mesmo ser humano pode ajudar nesse processo, quando se conscientizar de que tem nas mãos uma semente para cuidar.

         No Jornal "Diário do Pará", de 22/06/2012, a pesquisadora do Museu "Goeldi", Marlúcia Martins, afirma que uma das dificuldades de tratarmos esta causa de modo responsável é o consumo; além de que estamos encantados com a notícia de sermos economia em desenvolvimento.

            A sustentabilidade está ligada à educação, que é o ponto de partida para que aconteçam mudanças, pois com esclarecimentos e atitudes positivas, que, se forem seguidas e ensinadas, irão promover pessoas conscientes de seus direitos e deveres, ou seja, é a semente lançada na boa terra, gerando uma plantinha, que, se for regada e tratada, irá crescer e frutificar.

Visita ao Museu da Prefeitura de Belém-PA


VISITA AO MUSEU DA PREFEITURA
PALÁCIO 'ANTONIO LEMOS', EM 19/09/2012
           Na visita realizada ao Museu da Prefeitura, em companhia da Profa. Simone Carneiro, da disciplina Literatura, pudemos receber informações importantes para enriquecer o nosso conhecimento, e mais, fazer parte do nosso currículo como alunos do Curso Técnico em Biblioteca. Abaixo faço referência a todas as informações colhidas na visita.
            Na entrada do Museu há uma tela grande de nome "Ver-o-Peso III", de autoria de Benedicto Mello.O nome da exposição é: Janelas do Passado, Espelhos do Presente: Belém do Pará, imagem e histórias. Próximo à escada, ainda no térreo, estão os restos mortais de Antonio José Lemos, na época, Intendente Municipal de Belém, no período de novembro/1897 a junho/1911. Ele nasceu em 17/12/1843 no Maranhão e morreu em 02/10/1913, no Rio de Janeiro.
         Subindo as escadas, está o Salão Verde, que representa os períodos Colonial e Republicano. A obra "A Fundação da Cidade de Belém", representa o período Colonial. Pintada em 1808 por Teodoro Braga tem 5 metros de largura e 2 metros de altura, moldura de madeira entalhada, em cima, no centro contém o Brasão das Armas com 04 (quatro) símbolos: mãos com frutas e peixes, sol, animais do campo e o Forte. Ainda  contém nesta sala materiais indígenas, como urnas maracás macho e fêmea onde eram colocados os ossos dos índios.
             O espelho oval, com Brasão da República, separa um período do outro. A obra "Os últimos dias de Carlos Gomes" é o destaque do Período Republicano. O músico e maestro é o símbolo da República no Pará; morreu de câncer na garganta. A obra foi pintada em Roma, no ano de l899, pelos pintores Domênico de Angelis e Giovanni Capranesi.
            Na sala "Construtores da Nação",  há quadros com pessoas comuns, como a tela "Vendedor de Caranguejo", "Ver-o-peso", quadros com figuras populares: "Preto Velho, "Morena de tranças", "Caboclo Fumando", esculturas representando o trabalho braçal, e "Cabano".  Há ainda as telas "Amassadora de açaí", "Casa de Farinha", "Vendedora de Tacacá", "Vendedora de cheiro" e "Mendiga". Há três esculturas em bronze; por fim, as telas "Entrada do Círio no Arraial de nazaré", "Rua dos Pariquis" e "Coqueiros".
         Em baixo, na entrada do prédio,  encontra-se a Sala "Theodoro Braga", onde abriga telas atuais, como: "Retrato do General Couto Magalhães", de Lourdes Oliveira, em 1912; "Natureza Assassinada", de Dionorte Nogueira Drummond  e "A arca", de Benedicto Mello.
           Nota-se, através desta visita, que pouco se conhece o lugar onde moramos, a fundação da nossa cidade, a história de pessoas que deram valorosa contribuição para o desenvolvimento da mesma.
                 Infelizmente, poucos têm acesso a esse conhecimento, pois quando se descobre algo importante, passa-se a valorizar, cuidar, difundir e, o que é melhor, ver por uma ótica positiva.
                 A nossa história precisa ser conhecida, para que, em um futuro bem próximo, venha o reconhecimento.

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/65/Domenico_De_Angelis_e_Giovanni_Capranesi_-_%C3%9Altimos_dias_de_Carlos_Gomes,_1899.JPG













 Os últimos dias de Carlos Gomes







sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013



Estátua na Póvoa de Varzim.
Eça de Queirós
Nascimento 25 de novembro de 1845
Póvoa de Varzim
Morte 16 de agosto de 1900 (54 anos)
Paris
Nacionalidade Portugal Português
Ocupação Romancista, contista
Escola/tradição Romantismo, realism
 

Eça de Queirós

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Eça de Queirós
Nascimento 25 de novembro de 1845
Póvoa de Varzim
Morte 16 de agosto de 1900 (54 anos)
Paris
Nacionalidade Portugal Português
Ocupação Romancista, contista
Escola/tradição Romantismo, realismo
José Maria de Eça de Queirós[1] (Póvoa de Varzim, 25 de novembro de 1845Paris, 16 de agosto de 1900) é um dos mais importantes escritores lusos.[2] Foi autor, entre outros romances de reconhecida importância, de Os Maias e O crime do Padre Amaro; este último é considerado por muitos o melhor romance realista português do século XIX.

Índice

Biografia


Celebração de 1906 na Póvoa de Varzim com a colocação de uma placa comemorando o nascimento de Eça naquela casa da Praça do Almada.
José Maria de Eça de Queirós nasceu em novembro de 1845, numa casa da Praça do Almada na Póvoa de Varzim, no centro da cidade; foi baptizado na Igreja Matriz de Vila do Conde. Filho de José Maria Teixeira de Queirós, nascido no Rio de Janeiro em 1820, e de Carolina Augusta Pereira d'Eça, nascida em Monção em 1826. O pai de Eça de Queirós, magistrado e par do reino, convivia regularmente com Camilo Castelo Branco, quando este vinha à Póvoa para se divertir no Largo do Café Chinês[3].
Eça de Queirós foi batizado como «filho natural de José Maria d'Almeida de Teixeira de Queirós e de Mãe incógnita», fórmula comum que traduzia a solução usada em casos similares nos registos de batismo quando a mãe pertencia a estratos sociais elevados.
Uma das teses para tentar justificar o facto dos pais do escritor não se terem casado antes do nascimento deste sustenta que Carolina Augusta Pereira de Eça não teria obtido o necessário consentimento da parte de sua mãe, já viúva do coronel José Pereira de Eça. De facto, seis dias após a morte da avó que a isso se oporia, casaram-se os pais de Eça de Queirós, quando o menino tinha quase quatro anos.
Por via dessas contingências foi entregue a uma ama, aos cuidados de quem ficou até passar para a casa de Verdemilho em Aradas, Aveiro, a casa da sua avó paterna, onde morreu em 1900. Nessa altura, foi internado no Colégio da Lapa, no Porto, de onde saiu em 1861, com dezasseis anos, para a Universidade de Coimbra, onde estudou Direito. Além do escritor, os pais teriam mais seis filhos.
Estátua na Póvoa de Varzim.
O pai era magistrado, formado em Direito por Coimbra. Foi juiz instrutor do célebre processo de Camilo Castelo Branco, juiz da Relação e do Supremo Tribunal de Justiça, presidente do Tribunal do Comércio, deputado por Aveiro, fidalgo cavaleiro da Casa Real, par do Reino e do Conselho de Sua Majestade. Foi ainda escritor e poeta.
Em Coimbra, Eça foi amigo de Antero de Quental. Os seus primeiros trabalhos, publicados avulso na revista "Gazeta de Portugal", foram depois coligidos em livro, publicado postumamente com o título Prosas Bárbaras.
Em 1866, Eça de Queirós terminou a Licenciatura em Direito na Universidade de Coimbra e passou a viver em Lisboa, exercendo a advocacia e o jornalismo. Foi director do periódico O Distrito de Évora. Porém, continuaria a colaborar esporadicamente em jornais e revistas ocasionalmente durante toda a vida. Mais tarde fundaria a Revista de Portugal
Em 1869 e 1870, Eça de Queirós fez uma viagem de seis semanas ao Oriente (de 23 de outubro de 1869 a 3 de janeiro de 1870), em companhia de D. Luís de Castro, 5.º conde de Resende, irmão da sua futura mulher, D. Emília de Castro, tendo assistido no Egipto à inauguração do canal do Suez: os jornais do Cairo referem «Le Comte de Rezende, grand amiral de Portugal et chevalier de Queirós». Visitaram, igualmente, a Palestina. Aproveitou as notas de viagem para alguns dos seus trabalhos, o mais notável dos quais o O mistério da estrada de Sintra, em 1870, e A relíquia, publicado em 1887. Em 1871, foi um dos participantes das chamadas Conferências do Casino.
Em 1870 ingressou na Administração Pública, sendo nomeado administrador do concelho de Leiria. Foi enquanto permaneceu nesta cidade, que Eça de Queirós escreveu a sua primeira novela realista, O Crime do Padre Amaro, publicada em 1875.
Tendo ingressado na carreira diplomática, em 1873 foi nomeado cônsul de Portugal em Havana. Os anos mais produtivos de sua carreira literária foram passados em Inglaterra, entre 1874 e 1878, durante os quais exerceu o cargo em Newcastle e Bristol. Escreveu então alguns dos seus trabalhos mais importantes, como A Capital, escrito numa prosa hábil, plena de realismo. Manteve a sua actividade jornalística, publicando esporadicamente no Diário de Notícias, em Lisboa, a rubrica «Cartas de Inglaterra». Mais tarde, em 1888 seria nomeado cõnsul em Paris.
Seu último livro foi A Ilustre Casa de Ramires, sobre um fidalgo do século XIX com problemas para se reconciliar com a grandeza de sua linhagem. É um romance imaginativo, entremeado com capítulos de uma aventura de vingança bárbara que se passa no século XII, escrita por Gonçalo Mendes Ramires, o protagonista. Trata-se de uma novela chamada A Torre de D. Ramires, em que antepassados de Gonçalo são retratados como torres de honra sanguínea, que contrastam com a lassidão moral e intelectual do rapaz.
Aos 40 anos casou com Emília de Castro, com quem teve 4 filhos: Alberto, António, José Maria e Maria[4].
Morreu em 16 de Agosto de 1900 na sua casa de Neuilly-sur-Seine, perto de Paris. Teve funeral de Estado[5], estando sepultado em Santa Cruz do Douro.
Foi também o autor da Correspondência de Fradique Mendes e A Capital, obra cuja elaboração foi concluída pelo filho e publicada, postumamente, em 1925. Fradique Mendes, aventureiro fictício imaginado por Eça e Ramalho Ortigão, aparece também no Mistério da Estrada de Sintra. Seus trabalhos foram traduzidos em aproximadamente vinte línguas.

Cronologia sumária



Busto de Eça de Quieros em Neuilly-sur-Seine, avenue Charles de Gaulle (França)

Obras

Obras traduzidas

As obras de Eça de Queirós foram traduzidas em cerca de 20 línguas, ultrapassando já os 70 exemplos: alemão (deutsche Sprache), basco (euskara), búlgaro (български език), castelhano (castellano), catalão (català), checo (čeština), eslovaco (slovenčina), francês (français), georgiano (ქართული ენა), húngaro (magyar nyelv), inglês (english), islandês (íslenska), italiano (lingua italiana), japonês (日本語), neerlandês (de Nederlandse taal), polaco (język polski), romeno (limba română), russo (russkiy yazyk) e sueco (svenska).

Notas

  1. Queiroz é a grafia na época em que viveu o escritor. A vigente ortografia da língua portuguesa determina que a forma correcta é Queirós. Tal recomendação está presente em todos os acordos ortográficos elaborados, desde 1943, pela Academia de Ciências de Lisboa em parceria com a Academia Brasileira de Letras. De acordo com a onomástica, actualiza-se qualquer referência ao nome do biografado, permanecendo seu registro original
  2. Instituto Camões: Eça de Queirós – Um cidadão do mundo. Instituto Camões. Página visitada em 21 de junho de 2009.
  3. As fontes para as informações de natureza biográfica encontram-se indicadas infra
  4. Cf.. Filhos de Eça. Centro de Investigação para Tecnologias Interactivas da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
  5. Sobre o funeral, ver. Esalvide.edu.pt.

Fontes para a biografia

Ver também

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