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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

OFICINA DE HIGIENIZAÇÃO DO LIVRO

        Aconteceu em 13 de novembro de 2012, na escola IEEP, na sala de apoio pedagógico, a Oficina sobre Higienização e Conservação do livro, sob a coordenação dos professores Cíntia Arruda e Cléber, com a participação dos alunos do Curso Técnico de Biblioteca.
        O evento iniciou-se com apresentação de slides, com imagens de livros deteriorados por diversas situações biológicas ou causadas pelo homem; acomodação correta e incorreta  do livro; formas de higienização e conservação do acervo e equipamentos utilizados pelo profissional que deve fazer essa tarefa.
        Em seguida, houve a preparação com os equipamentos pessoais: luva, máscara, toucas e avental- para a aula prática - a higienização do livro- onde foram usados a borracha picada e o pano fino para ser feita a limpeza, depois foram usadas a flanela e a trincha para tirar os excessos.
       Ao final, registramos o evento com fotos e filmagens e recebemos a  visita da Diretora Sra. Luisa e de coordenadores do SOESE; e posteriormente receberemos o comprovante de participação da Oficina.
       A nossa avaliação do minicurso foi muito positiva, pois até o momento não tínhamos um contato maior com o objeto do nosso estudo. Esperamos experiencias semelhantes e mais profundas, fechando com um estágio nesta área.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Semana da leitura do IEEP.

Estamos participando da Semana da Leitura do IEEP, o que nos permite conhecer com mais profundidade algumas leituras obrigatórias do vestibular 2013. A 1a. turma de técnicos de Biblioteca da tarde é privilegiada com este evento, pois cabe a cada um de nós estudar e apresentar a escola literária, o autor e sua respectiva Obra, o que vem enriquecer o nosso conhecimento. Obrigada aos coordenadores do evento, especialmente a prof. Simone.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O ESPAÇO DA MINHA EXISTÊNCIA

Torna-se tão fácil fazer referência ao meu espaço, é a terra onde nascí, onde dei os primeiros passos, vivi as variadas fases da minha existência, e agora já na idade adulta, aprendi a amar e admirar a beleza, riqueza e grandeza desta terra, qualidades que a diferenciam de outras, e que fazem com que seja desejada e conquistada por homens sonhadores e explorada por homens corruptos.
O espaço da minha existência e, segundo J. estrada, o autor da letra do Hino Nacional, "gigante pela própria natureza". Essa grandeza territorial que ocupa a maior parte de um continente, e riquezas naturais que são mencionadas na bandeira nacional- como o amarelo do ouro e o verde das florestas - são motivos de orgulho e admiração para todos que querem bem a esta terra.
"O país tropical, abençoado por Deus", citado na música de Simonal, acolhem imigrantes de todo o mundo, pessoas que vieram em busca de um futuro melhor e ajudaram no crescimento desta terra, tornando-a sua segunda pátria.
"Que país é esse", que com seus rios abundantes, geram energia , que beneficiam as comunidades; que com suas florestas imponentes, consideradas como o "pulmão do mundo", equilibra a terra e abriga grande e rica variedade de fauna e flora e alimenta a nossa gente.
Mas o meu espaço, assim como é admirado por suas muitas qualidades, é também maltratado e explorado por indivíduos inescrupulosos e amantes de si mesmos, que negociam nossas riquezas para favorecer-se, ao invés de trabalhar pelo bem de todos.
Neste ano de eleição, vamos escolher representantes sérios e comprometidos em melhorar o social, a educação e a economia, para que haja crescimento muito além do geográfico e populacional.
Mas o que me chama atenção neste espaço livre e acolhedor, é que apesar das dificuldades e limitações com que vivemos, ainda existem pessoas generosas, amigas, e que batalham por seus objetivos, e que assim como eu, acreditam em um mundo melhor.
 Este é o espaço da minha existência. Um país chamado BRASIL.

Classicismo


CLASSICISMO
tEM ESSE NOME POR QUE COPIA O PERÍODO CLÁSSICO DA iDADE aNTIGA AO TRAZER   ESSA ARTE CLÁSSICA DE VOLTA TAMBÉM É CHAMADO RENASCIMENTO

Preza pela perfeição
Surgiu na Itália
Produção de Luís Camões
Decadência do feudalismo
Fortalecimento da burguesia exigindo uma cultura mais liberal
Antropocentrismo(homem/centro) identificado com o Mercantilismo

CARACTERÍSTICAS -
- Imitação dos modelos da Antiguidade clássica greco-romana-
- Retomada da mitologia pagã
- Soneto: é um poema que compõe versos com dois quartetos e dois tercetos, formas fixas
-Perfeição estética marcada pela pureza de formas
- Novas formas poéticas: soneto,ode, eelegia,écloga, epopéia
-medida nova (versos decassílabos, que contém dez sílabas (palavras)
-Resgate da arte, filosofia, mitologia  e o espírito pagão que marcaram a antiguidade greco-romana
- Os temas poéticos são: reflexão moral, filosofia, política, o lirismo amoroso.

LUIS VAZ DE CAMÕES

É o principal autor do classicismo portuguẽs (1524 - 1580)
Camões lírico - Sonetos
Camões épico - Os Lúsíadas
Poesia marcada pela dualidade, textos escritos em redondilhas  ou enquadrados no estilo novo do Renascimento.
Camões utiliza temas como: AMOR (como idoneo-platonismo ou como manifestação da carnalidade). E o "Desconcerto do mundo": poemas sobre as injustiças, a recompensa aos maus.
Escreveu "Os Lusíadas" exaltando o povo português. Publicado em 1572. É considerado o maior poema épico da língua portuguesa, pelo seu valor poético e histórico. Foir escrito em 8.816 versos decassílabos, distribuídos em 1.102 estrofes de oito versos cada. o herói é o povo portuguẽs. O tema é a História de Portugal.
A estrutura de "Os Lusíadas"
Os dez cantos estão distribuidos em cinco partes: proposição, invocação, dedicatória, narração, epílogo.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Mensagem a Profa. Simone

Parabéns a você, Profa. Simone, obrigada por seu apoio e dedicação.A turma da 5a. fase do curso Técn. em Biblioteca reconhece e agradece seu esforço. A sua presença conosco está além de apenas transmitir informações. O verdadeiro professor faz a diferença. QUE DEUS TE GUARDE, porque você já é abençoada.
Feliz Aniversário.






HUMANISMO

 

-> chamada Segunda Época Medieval;
-> Período que vai desde a nomeação de Fernão       Lopes para o cargo de Cronista-mor da Torre de Tombo (l434); até o retorno de Sá de Miranda da Itália em 1527;
-> Período de rico desenvolvimento da prosa, graças ao trabalho dos cronistas como o Fernão Lopes, considerado o iniciador da Historiografia Portuguesa;
-> Desenvolvimento no século XVI do Teatro Popular, com a produção de Gil Vicente;
-> Tanto as crônicas históricas como o teatro vicentino estão relacionados com as profundas transformações políticas, econômicas e sociais verificadas em Portugal;
-> A Historiografia, a documentação e a própria identidade nacional surge com a nova realidade portuguesa, marcada pela política expansionista;
-> O Humanismo é a transição de um Portugal de valores medievais para uma nova realidade mercantil;
-> A economia de subsistência feudal é substituída pelas atividades comerciais;
-> Reinício da cultura clássica, esquecida durante grande parte da Id. Média;
-> O pensamento teocêntrico é substituído pelo Antropocentrismo;
-> A crise do sistemal Feudal, que de alguma forma vem fortalecer o poder
rte;
-> Era também conhecida por Quatrocentista, pelo seu desenvolvimento nos anos de 1400;
-> tem sua produção registrada no "Cancioneiro Geral", organizado por Garcia de Rezende.
-> A principal modificação apresentada por essa poesia é a separação entre a música e  o teatro, o que resultou num apuro formal: os textos passam a apresentar ritmo e melodia próprios, obtidos a partir da métrica, da rima, das sílabas tônica e átonos; desenvolveram-se as Redondilhas tanto a maior(verso de sete sílabas poéticas) quanto a menor(verso de sílabas poéticas)

* Teatro Popular - Gil Vicente-> Caracterizado pela sátira ao comportamento de todas as camadas sociais: nobreza, clero e povo.  O tipo mais criticado por Vicente é o Frade que se entrega a amores proibidos, à ganância na venda de indulgências, ao misticismo, mundanismo, à depravação dos costumes. Satirizou ainda os que rezavam mecanicamente, solicitando favores pessoais; os que assistiam à missa por obrigação social;
-> As classes sociais também eram satirizadas: como a baixa nobreza, representada pelo fidalgo decadente e pelo escudeiro; o povo que abandona o campo em direção à cidade ou mesmo os urbanos, mas que, como os provenientes do campo, se deixam corromper pela perspectiva do lucro fácil.
-> Gil Vicente não se preocupa em fixar tipos psicológicos, mas tipos sociais, em seus personagens teatrais: o velho apaixonado que se deixa roubar, a alcoviteira, a velha beata, o médico incompetente, o judeu ganancioso, a mulher adúltera, o padre corrupto, etc.
-> Quanto à forma, na utilização de cenários e montagens, é simples e não obedece às três unidades do teatro clássico- ação, lugar e tempo.
-> Na estrutura poética de seu texto predomina a redondilha maior, com várias cantigas no corpo de suas peças.
-> Além das caraxterísticas, marcantes do teatro vicentino como religiosidade, uso de alegorias, redondilhas, não-obediencia às três unidades do teatro clássico, há ainda: presença de figuras mitológicas, a condenação à perseguição aos judeus e critãos novos, crítica social.

* Auto
-> è uma designação genérica para textos poéticos (normalmente em redondilhas) de caráter predominantemente religioso.
ex.: "Auto da Compadecida", de Ariano Suassuna; "Morte e Vida Severina", de João Cabral de Melo Neto; "Farsa de Inês Pereira", de Gil Vicente.



Disciplina: Literatura
Assunto: TROVADORISMO


-> É também chamado Primeira Época Medieval
-> Período de 1189(ou 1198) a 1434]
-> Características do Momento Histórico:
     * Na Europa Cristã, a organização das Cruzadas em direção ao oriente;
     * O poder descentralizado e as relações entre os nobres determinadas pelo Feudalismo ( a Vassalagem);
     * O poder espitritual em mãos do clero católico, detentor da cultura e responsável pelo pensamento teocêntrico: Deus como centro de todas as coisas;
     * Os textos poéticos dessa primeira época medieval eram acompanhados de música e cantados em coro, daí serem chamados de Cantigas;
     * São reconhecidas  dois grupos de cantigas: Líricas e Satíricas.  As Líricas se subdividem em Cantigas de Amor e de Amigo. As Satíricas subdividem-se em: Cantigas de Escárnio e de Maldizer.

Exemplo de Cantiga de amor:
Senhora minha, desde que vos vi, 

lutei para ocultar esta paixão
que me tomou inteiro o coração;
mas não o posso mais e decidi
que saibam todos o meu grande amor,
a tristeza que tenho, a imensa dor
que sofro desde o dia em que vos vi.” 
Nessa 1ª estrofe o trovador expressa o que sente mais de uma maneira que expressa súplica, a mulher que ele conheceu está sendo idealizada em que ele se declara a ela, ele expõe os argumentos que justificam sua desgraça.
-> Cantigas de Amor
      * São sempre escritas em primeira pessoa;
     * O Eu-poético declara seu amor a uma dama em um ambiente palaciano.  Dirige-se a ela de uma forma respeitosa, mostrando uma servidão amorosa, onde a mulher como um ser inatingível, uma figura idealizada, onde o amor é sublimado, igualmente idealizado.  Características que justificam a presença de um forte lirismo representado pelo sofrimento amoroso; para os trovadores, esse sofrimento é pior que a morte, e o amor é a única razão de viver.

Exemplo de Cantiga de Amigo:

Paráfrase 
Ondas do mar de Vigo
Se vires meu namorado!
Por Deus, (digam) se virá cedo!

Ondas do mar revolto,
Se vires o meu namorado!
Por Deus, (digam) se virá cedo!
Se vires meu namorado,
Aquele por quem eu suspiro!
Por Deus, (digam) se virá cedo!

Se vires meu namorado
Por quem tenho grande temor!
Por Deus, (digam) se virá cedo!
 
Essa cantiga é de amigo, e mostra que a mulher espera ansiosamente pelo amigo, visa bastante às ondas do mar de Vigo e sobre o regresso de seu amado.

-> Cantigas de Amigo
     * Escritas em primeira pessoa;
     * Apresenta um grande diferencial: o eu-poético é feminino, apesar de escritas por homens.  É a expressão do sentimento feminino: a mulher sofre por se ver separada do amigo ( amante ou namorado) e angustia-se por não saber se o amigo voltará ou se a trocará por outro.
     * O ambiente descrito nas cantigas de amigo é na zona rural, onde a mulher é sempre uma camponesa (as cantigas de amigo refletem a relação idealizada dos nobres com as plebeias).
     * Há também outros personagens, que servem de confidentes: a mãe, amiga, ou elemento da natureza, que aparece personificado).

A prosa Medieval (Séculos XIII e XIV)

     Situações que dão condições ideais para o aparecimento da Prosa em Portugal:

     * A transição do Feudalismo para economia mercantil;
     * A criação das primeiras universidades;  
     * A forte influência ainda exercida pelo Clero;
     * A mais importante manifestação em prosa foram as Novelas de Cavalaria;
     * Originárias da Inglaterra e França;
    * Derivam de poemas medievais cantados em linguagem popular e celebravam os feitos guerreiros;
     * Em Portugal foram traduzidas três novelas pertencentes ao ciclo bretão(cenário: Reino de Camelot; heróis: Rei Artur e os cavaleiros da Távola Redonda);
     * A mais famosa e popular: "Demanda do Santo Graal" e ainda "História de Merlim" e "José de Arimatéia".

segunda-feira, 27 de agosto de 2012



BIOGRAFIA DE GIL VICENTE


 



                         GIL VICENTE, foi um  grande gênio da literatura ocidental, não se sabe o  local de seu nascimento, viveu aproximadamente entre l465 e l537, seus dados biográficos são inseguros. O poeta deve ter frequentado uma escola ou pode ter sido orientado por algum religioso em sua adolescência em alguma parte da Beira. Gil Vicente usava o seu prestígio na corte para criticar as mazelas das diferentes classes sociais existentes na época. Era ele quem preparava as festas palacianas e era mestre da balança da casa da moeda. Sua primeira peça foi "A visitação doo Vaqueiro" (l502).  Ele viveu entre quatro reinados,de D.Afonso V a D. João III, assistindo assim, as transformações na história de Portugal, desde os alvores do Renascimento à heróica empresa do império ultramarino
                 Casou em 1512, pela primeira vez com Branca Bezerra, sua segunda mulher foi Melícia Rodrigues. Sua filha Paula Vicente foi musicista e aia da Infanta D. Maria e Luís Vicente, seu filho, reuniu a produção teatral do pai e em l562 a publicou com o título de "Copilaçam de todas as obras de Gil Vicente".
                          O cronista de D.João II, Garcia de Rezende, testemunha de modo deslumbrante as representações do teatro vicentino, destacando algumas de suas características; a presença expressiva de estilo, a constante renovação de temas e das formas, a primazia dessa arte em terras portuguesas e a superioridade de suas criações, pelo talento cômico e pela estrutura doutrinária dos seus temas.
                                 Sem tradição dramática, Vicente busca sugestões para o seu teatro pastoril da primeira fase na experiência espanhola de Juan Del Eucina.  A sua primeira obra cômica, o "Auto da Índia" (1509), dá ínício ao seu teatro de crítica social e se desprende do modelo espanhol.
                                 Na maturidade artística entre os anos 1515 a 1521, Vicente depura cada vez mais o teatro religioso produzindo as melhores criações: "A trilogia das Barcas" e o "Auto da Alma". orientando-se no teatro alegórico e romanesco, Vicente realiza sua obra mais perfeita, com a criação da "Farsa da Inês Pereira".
                      A sátira e as peças pias estão continuamente a serviço do missionário, preocupado na edificação do homem e na sua subordinação à providência.
                               Suas peças dão-nos a sensação de quem escreve num inteiro à vontade com a mais franca autonomia.  Gozando naturalmente de uma liberdade de espírito na corte em que vive, explica-se que Gil Vicente fustigue de forma impiedosa toda a sociedade de seu tempo, desde o papa, o rei, o alto clero, até à mais baixa classe social.  O seu teatro divertia, mas também ensinava.
                           Gil Vicente nunca atacava instituições; atacava, sim, os homens que nela prevaricavam. Na sátira ao clero, cuja soltura de costumes - desde a simonia à vida amancebada - vinha se agravando a partir dos fins da Idade Média, Gil Vicente não fazia mais do que colaborar com a própria igreja no trabalho de preservação dos inocentes e de recuperação dos religiosos transviados.
                           O que torna imorredouro o teatro vicentino é, não só esta visão total de uma época complexa e grande na história da cultura ocidental, mas o tratamento de temas universais e a presença dominante de um lirismo carregado dos valores mais legítimos da inspiração poética. Está presente nas reflexões, nos momentos de prece, nas conquistas amorosas de seus personagens; está no recheio musical de suas cantigas tradicionais, está também, nas admiráveis descrições da natureza. As primitivas fontes do seu teatro são, pois, poéticas, desde a égloga ao simbolismo dos mistérios, desde o folclore poético nacional ao seu franciscanismo. O seu teatro seria tanto mais teatro na medida em que se libertasse desses vínculos primitivos da poesia. Talves por isso Fidelino de Figueiredo chegasse a pensar que a salvação da dramaturgia vicentina residiu na individualidade poética do auto.
                 O desprezo por aquelas categorias que deram a arquitetura e o equilíbrio do teatro clássico, a sucessão das cenas com num teatro de revista, fazendo o público desfilar com todos os seus vícios perante si mesmo, constituem todo o encanto da arte vicentina e as condições necessárias para a sua perenidade.
                     O seu teatro não é apenas uma visão da sociedade de seu tempo em todos os pormenores: é a visão da vida do homem na sua totalidade, desde os mais prosaicos problemas da vida doméstica às mais dramáticas situações morais. Além do uso de caracteres e aspectos extraídos da realidade, vicente intuiu situações, motivos e temas de interesse universal, que vieram a ser explorados mais tarde pela literatura dos séculos XVII, XVIII e XIX: o tema caracteristicamente barroco do homem na sua vida dilemática entre as forças do bem e as solicitações sedutoras do mal; a própria consciência cristã do homem ocidental, torturado pela idéia de que possui uma alma para salvar;... as bagatelas da vida caseira que a literatura clássica desconheceu completamente e só os escritores do século XIX conseguiram incluir no temário da literatura, são outras tantas notas que o realismo descritivo de Gil Vicente não se esqueceu de registrar.
                   É neste sentido que Gil Vicente é muito mais realista do que Camões. Este expressa a grandeza do homem de Quinhentos, a aventura do espaço e a superação das forças adversas da natureza; aquele procura exprimir as misérias da vida, o homem na sua pequenez, o homem preso às realidades terrenas, que precisa purificar-se para a salvação de sua alma.  O que os aproxima é o sentimento cristão: no épico, expresso pela consciência de cruzada a que se destina o seu povo na dilatação da fé; no dramaturgo, subentendido no efeito purificador de sua arte, a ensinar a renúncia e propor o caminho que leva à salvação.
               Uma classificação literária da produção teatral de Gil Vicente é quase impraticável se pensarmos em fórmulas rígidas. Como um artista tipicamente medieval não obstante escrevendo em plena renascença, Gil Vicente não atende à distinção das formas literárias : cria segundo as solicitações de seu gẽnio, das circunstâncias ambientes e da matéria a ser representada; preocupado apenas na caracterização psicológica e social de seus tipos e na estrutura poética do texto.
              Os continuadores do teatro de Vicente nos séculos XVI e XVII - Antonio Prestes, Baltazar Dias, Luís de Camões... - não conseguiram manter esse brilho da dramaturgia vicentina: a ausência do elemento lírico e o acentuado grosseirismo da expressão a roçar muitas vezes pela obscenidade e portanto tornando esta produção imprópria para o tablado, teriam sido as causas fundamentais desse declínio do teatro popular e por conseguinte do auto.
Se deixarmos de lado certas formas que são esporádicas no teatro vicentino - como o "sermão burlesco" e o "Monólogo", poderíamos distribuir as peças vicentinas em:
       a) Autos (que versam os seus temas tradicionais: mistérios, moralidades, milagres e episódios pastoris) 
            ex: "Auto Pastoril Castelhano" (1502)
      "Auto dos Reis Magos"(1503).
       b) Teatro Romanesco (cujo temário é extraído muitas vezes das novelas de cavalaria)
O Poder do Conhecimento

         O conhecimento é algo grandioso, pois vai muito além daquilo que se aprende em sala de aula.  É indispensável, profundo, que faz com que sejamos grandes intelectualmente e ao mesmo tempo semelhantes aos outros indivíduos.
         Através do conhecimento nos tornamos pessoas éticas, educadas, pensadores, críticos solidários, sociáveis, ajudando na construção de uma sociedade mais igualitária, conscientes de nossos  direitos e deveres.
        O conhecimento tem o poder, sim, de levar o ser humano a sonhar e a realizar o seu sonho, leva-o a projetar e chegar ao seu objetivo. Leva-o ao ponto máximo da imaginação e a viajar sem, no entanto, sair de casa.  Ele (o conhecimento) se torna mais especial quando alguém o busca com o objetivo de aprender e o encontra em alguém, que está apaixonado e desejoso de passar o conhecimento que tem.
        Quando, enfim, o ser humano com todo o potencial e sensibilidade que lhe são peculiares, abre as portas da sua mente para o conhecimento, está contribuindo para a construção de uma nova história e consequentemente, uma sociedade melhor.